domingo, janeiro 15, 2006

Então e as rimas?

Boa pergunta... não é, macacada? Hoje, durante a tarde, estava eu a arrumar papelada que ainda resta nalgumas capas perdidas pelo meio duma estante, quando me caem nas mãos folhas que, vistas por um qualquer leigo em macaquice, passariam por meros apontamentos ilógicos e salteados, de aulas que deveriam estar a ser tudo menos interessantes... Mas não! Um brilho, uma luz intensa (daquela luz que só olhos macacos são capazes de distinguir do restante espectro visível) emanou daquelas vulgares folhas! São rimas, Senhor! São rimas!!!
Ah, Saudade.... Aquilo é que eram aulas! O blog até tem sido fixe e tal e coisa, temos feito umas macacadas bem armadas, mas... escárnio e mal dizer, toda a gente sabe fazer. O difícil, meus amigos, aquilo que nos distingue dos demais, é a capacidade única que temos de criar a Rega Poética, fruto de anos de cultivo de uma mentalidade macaca, perspicaz, directa, mordaz, sem piedade e sem sentimento de culpa... uma mentalidade muito nossa!
Mas não temos mostrado isso... Infelizmente, não temos... Mas como diz o velho ditado macaco: Ano Novo, Rega Nova! Acho que, a partir de hoje, acho que cada um deveria fazer, pelo menos, um poema macaco por mês, mesmo aqueles que nunca entenderam bem a arte da Rega Poética (vocês sabem do que estou a falar). E, como fonte macaca de inspiração para regar, deixo aqui um poema macaco, que não é da minha autoria, mas sim do mítico Jorge Liberdade. Não lhe pedi autorização, mas acho que ele não se importa. Só uma nota de interesse histórico: este deve ter sido provavelmente o último poema macaco feito, pois foi na época de exames de Setembro e foi difundido por sms. Aí vai...
Se quiseres ser bom Veterinário
E ganhar bom ordenado
Tens de inspeccionar a xixa
Os ovos e o pescado.
Ai, que tempos bons aqueles
Quando eu trabalhava nas lotas
O peixe cheirava mal
Pior cheiravam as velhotas.
Ai, que o fado corre-me nas veias
Assim como a inspeccção
Tu nem imaginas
E eu também não.
E assim quero terminar
Este meu fado vadio
Porque já se faz tarde
E está frio.
A poema acaba aqui, mas a sms não. Jorge Liberdade descreve os efeitos nefastos (ou não) que teve em si fazer Inspecção, tudo por exame... é um relato dramático...
Isto está a pôr-me maluco! Agora ando a classificar as carcaças das gajas que vejo na rua:
- Gaja feia com bom corpo: reprovação da cabeça;
- Gaja linda, inteligente e gorda: adiamento do abate, quarentena no ginásio;
- Gaja horrível com boas mamas: carcaça M1, com aproveitamento das maminhas;
- Gaja com mau hálito: se bom estado de carnes, aprovação condicionada a tratamento químico da cabeça;
- Gaja burra, feia e gorda: abate sanitário, reprovação total da carcaça e sub-produtos, devendo ser incenerada.
Chocante, não é? Ah! Lembrei-me agora... afinal este não é o último poema macaco! Houve um que já foi feito na Póvoa, e esse até tem título: Restolho na Alfaia. Porém, publicar esse poema macaco seria pior que o post do Badalhocs que foi apagado... Agora imaginem como será...
!!! TOCA A RIMAR, MACACADA !!!

1 comentário:

Estronca disse...

fosga-se,tou a ver que tenho que me lançar ao estágio o mais rapidamente possível...tou a ver que não se faz nadinha por esses lados...boa vida...mas a iniciativa tá porreira e as rimas também...