Os custos da insularidade....Este post é o 150º

Após esta semana pascal intensa e como sempre marcada pelo perdão eloquência e amizade, não posso deixar de ficar indiferente ao comentário lançado pelo meu amigo (sim porque vou perdoar-lhe as palavras vãs ou não fosse eu um bom cristão) João. Qual hobit ao sair do shire, o Açoriano anseia até ás suas entranhas a nobreza do chão que o viu nascer e onde se sente não ameaçado por essa infame bebida chamada coca-cola. Como sabeis a distancia entre a minha ilha e o continente é de cerca de duas horas e meia, aumentando assim as minhas legitimas saudades dos meus ternurentos e benditos amigos. É um facto que por essa terra chamada Porto passei mas foi sem dúvida o chamamento eborense que me fez rumar ao sul de um país tão multicultural tão deversificado. Aquelas viagens de oito horas para baixo e 11 para cima fizeram-me pensar em quão infelizes sois vós meus amigos continentais e por isso vos perdou-o, vou perdoar porque a complexidade do termo custos da insularidade assim o exige e porque apesar de tudo tenho saudades das nossas perenes macacadas tão singelas tão malucas. João para ti um conselho muda de área estratégica, eu sei que os pequenos animais trazem muitas gajas, como tu gostas mas esqueces-te que as sidosas continuam a não ter dinheiro para se deslocarem a consultórios luxuosas como o HVP. Como amigo que sou digo-te para ires para veterinário sem fronteiras em Africa ai sim a percentagem já muda um bocado de figura e sentirte-ás feliz e realizado como tu mereces, como tu e só tu com esse carinho e sorriso terno és... Por isso meus amigos os custos de insularidade assim me obrigam nesta calma, nesta serena forma de vida. Depois da Coca-cola sou um homem novo, um Homem que não olha para o mundo materialista em que vivemos.

Bem Hajam meus caros amigos e afastem-se da coca-cola...... por este vosso amigo que vos ama....