O estagiário da história

Pois é... afinal aquela história do estagiário que contei há uns posts atrás, parece que tem mesmo um fundo de verdade. Não, Estronca, não foi uma situação que se passou comigo... Mas descobri com quem foi! Passo a explicar.

Eis que chego a casa, tarde e a más horas, depois de mais um árduo dia de estágio, quando deparo com a pessoa que mora comigo na Póvoa (não vou dizer nomes, porque recuso-me a acusar alguém directamente, muito menos alguém por quem eu nutro um sentimento misto de amizade/escravatura) completamente aterrada na sala, a xonar, com um ar cansadíssimo... Pensei que tivesse estado a polir os bicos do fogão, mas antes que eu perguntasse alguma coisa, a pessoa que mora comigo na Póvoa começou com explicações, como que a querer desculpar-se de alguma coisa:

- Ah, e tal... Ontem estive na clínica até às 4 da manhã... Tou todo rebentado...

E eu, cá para mim: Na clínica até quando? Deves estar a armar-te em veterinário de grandes, ó boiola! - Mas controlei-me, e apenas disse:

- Pronto, pá. Não há problema. Não faz mal eu chegar a casa e tu não estares acordado para me receber dignamente. Vá... Não fiques assim... um bico e não se fala mais nisso, tá bem?

E não é que a pessoa que mora comigo na Póvoa pensava que eu estava a falar a sério!? Vi-me mal para o dissuadir de tal acção! Mas depois de lhe partir o cabo da vassoura nas costas, a pessoa que mora comigo na Póvoa lá acalmou... O que a pessoa que mora comigo na Póvoa não sabia, é que, antes de ela acordar, eu tinha registado o momento em que cheguei a casa:

Esta é uma daquelas alturas em que uma imagem vale mais que mil palavras, não é? Ainda assim, eu insisto em dizer quatro ou cinco... Reparem, meus amigos macacos, no ar ressabiado, todo metido debaixo de cobertores, que eu nem sei como estava a respirar. E, o pormenor fulcral, a prova irrefutável de que contra factos não há argumentos: a bela da garrafa de Martini!!! Já agora, que nem pinga tinha... mas os cobertores tresandavam. Para quem ainda não teve a oportunidade de ler o post «Sobre estagiários...», passo a transcrever a parte essencial do relato dramático da Doutora:

«Fomos então para o apartamento dele e, enquanto saboreava um Martini (...)»

O que tu saboreaste sei eu!!! São coincidências a mais, não são? Acho que não é preciso dizer mais nada... Martini Man...